III Concurso de Vinhos Engarrafados da Região de Trás-os-Montes


Foto tomada de empréstimo do perfil Facebook de Vinhos de Trás Os Montes

Recentemente fui convidado para fazer parte do painel de júris do III concurso de vinhos engarrafados de Trás os Montes. Sem relutância aceitei.
Já há algum tempo que nutro um carinho especial pela região. Tornei-me amigo, inclusivamente, de algumas das pessoas dinamizadoras daquele reduto nortenho. O que me seduz? Sei lá, talvez a energia pulsante daquelas gentes cheias de vontade de avançar e de, parafraseando o grande Pingus Vinicos, “(…) saltar os montes e conhecer mundo.”.
Como disse, acedi, com muito gosto ao convite. Poupo-vos às peripécias da viagem, Vinhais é longe como o cacete e para quem decide ir no dia… peripécias não faltaram, mas se não se importam, deixo isso para as mesas enófilas. Afinal tenho de ir guardando umas histórias para brilhar junto dos amigos.
Querem saber o que achei dos vinhos, é isso?
A melhor forma de honrar o convite é não mentir, não colocar colchas de lantejoulas em cima do que experimentei. 
Há muita coisa boa, não se devem envergonhar, mas há, contudo, trabalho a fazer. E isso é bom, perguntam? (Vá, perguntem!) É, claro! Se podem melhorar é porque têm para onde. Necessitam apenas de uns toques aqui e ali. Algum investimento em tecnologia, maior aproveitamento dos conhecimentos enológicos disponíveis e maior apoio aos agentes dinâmicos que têm promovido a região.
Não me entendam mal, provei vinhos bons, dentro dos padrões de qualidade do resto do pais (quem me conhece sabe que acho os vinhos portugueses entre o melhor que se faz no mundo!). O problema aqui não é diferente daquele que temos no Tejo ou em Lisboa. Heterogeneidade. Ao lado de um vinho bom, encontramos outro mau.
Ou seja, ao nível individual, posso afirmar que em Trás Os Montes provei vinhos que competem no mesmo campeonato que os melhores vinhos Portugueses. Enquanto região há ainda um profundo trabalho para conseguir puxar os menos bons para cima por forma a garantir que o todo se torna melhor que as partes.
Disse-me quem é repetente neste concurso que se notam melhorias aceleradas a cada nova edição. As provas avulso que vou fazendo corroboram essa afirmação.
Será mesmo como me diz um amigo:

“Hugo, presta bem atenção, dentro de alguns anos, esta região vai ser moda.”
Não duvido nada! Mas mesmo nada!


Foto tomada de empréstimo do perfil Facebook de Francisco Ataíde Pavão

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