Hugo Mendes Lisboa(s) na Vinho, grandes escolhas




Mais uma voltinha e mais umas notinhas. 
Se eu estou satisfeito com elas? Bem...é difícil... eu nunca me satisfaço com nada e confesso que gosto de ser o "melhor da turma". Se a escala vai até 20 não trabalho para ter 19 e fico "fichado" se algum tem mais que os meus.

Nem o meu trabalho nem os perfis dos meus vinhos se focam nas nota, seja de quem e de onde forem (julgo que não era preciso dizer...), mas caramba... como sabe bem recebê-las. É uma incoerência? ... Talvez... não penso nisso.

A reacção quando vi dois 17,5 e um 17 foi: "Foda-s*"... ainda não foi desta que atingi o 18! 😤💩😒😡😠😣". 

Devo dizer que para mim, o 18, na leitura que faço das notas desta revista, é o patamar de excelência. Aquele que dá direito a palco e a reportagens... e a mais patronos! 😅 (curiosamente, as revistas da especialidade continuam a não achar a nossa história interessante o suficiente para ser digna de reportagem). 

É fácil olhar para o lado e pensar, "eh pá... aquele tem 18 e o meu não vale? Como?
Mas esse é um pensamento perigoso e que não nos leva a lado nenhum. A avaliação é subjectiva e como tal, tudo o que se fizer dentro dessa subjectividade está justificada à partida. Quem não se lembra daquele vinho que passou de 18 para 14 em menos de 3 meses*?

Paro e penso. Espera, isto são vinhos que caem bem no grupo dos que o Pedro Garcia fala no seu artigo de 24 de Outubro. São vendidos cedo demais. Tenho noção disso e "faço gala" de o dizer. Quem o compra sabe que assim é e aceita o jogo e o que vem com ele (julgo que também o fazem pelo carácter formativo). Logo... se me abstrair das comparações, 17,5 para um vinho recém nascido não é uma boa nota, é excelente. O crescimento que se lhe espera facilmente adicionará 1 valor extra fazendo com que passe a um vinho de 18,5 na altura do seu máximo, no mínimo. O que faz com que sejam verdadeiras pechinchas para quem os garantiu nesta fase ou belíssimas companhias de copo já.

"Toma lá e embrulha!"






__
*A revista Vinhos, grandes escolhas é feita pela antiga equipa da Revista de Vinhos (RV). A actual equipa da RV tinha a revista Wine que foi extinta para que a equipa passasse em bloco para a RV. Na passagem, deram-se alguns casos caricatos nas avaliações da RV. Confuso? Muito!

Comentários

Mensagens populares