Unfiltered by Hugo Mendes #031 com Mário Louro

O mundo do vinho em Portugal tende a ser um meio acético, desprovido de autocrítica e sem grande espaço para ideias dissidentes, sobretudo aquelas que põem em causa a não tão evidente fragilidade na qual todo ele assenta.

Habituámo-nos a julgar as pessoas pela convergência ou utilidade para com os nosso interesses e rejeitamos toda e qualquer divergência ou contrariedade.

Mário Louro é um provocador, para muitos um louco, com ideias perigosas que nos obrigam a pensar e estudar para o confrontar e contradizer. É alguém que respeito não só pela imensa história de vida (mais um fator que gostamos de ignorar mal a pessoa deixa de nos servir), sempre ligada à produção e comercialização de vinhos e seus produtos, mas sobretudo pela sua genuinidade, frontalidade e irreverência, independentemente destas acertarem ou não na bacia da satisfação. É desconcertante, desbragado, sem papas na língua e sem filtros quando expõe as suas [sustentadas] ideias.
O respeito e a reverência que tenho por alguém não está dependente da concordância com as suas posições mas sobretudo com a forma como as defende, sustenta e aceita que sejam postas em causa. Tenho uma profunda admiração e respeito pelo Mário Louro, sou grato pelos seus contributos ao vinho Português e desejo que mais como ele pudessem existir.
Este episódio mostra tudo isto e… muito mais!



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