Barca Velha - Histórias de um Vinho

Até hoje, na minha história “enofílica” poucos livros me deram o prazer deste. Pequeno, escorreito, jornalístico, mas ao mesmo tempo envolvente, apaixonante e sentimental.
Li-o depressa demais, durante alguns serões de primavera. Emigrava para o quintal, levava um copo com abafado da Quinta da Alorna e, nos ouvidos alternavam os álbums Blue Bell Knoll dos Cocteau Twins e Automati writing de Ataxia.
O álcool e a música serviam de adjuvantes aos relatos do livro. Proporcionou-me várias saídas higiénicas em que a mente viajou no tempo e calcorreei os difíceis caminhos do Douro, lado a lado com Fernando Nicolau de Almeida.
E já que falo nisso, lembrei-me que tenho de o pedir a um amigo a quem o emprestei e não mo devolveu – e se eu gosto que não me devolvam livros, filmes e musica. Até comprava outro e lhe oferecia aquele, não fosse o facto de a edição estar esgotada há anos na minha loja habitual.
Uma boa malha que vale bem a pena o escarafuncho dos escaparates dos livreiros.

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