Nota de prova condensada?

A história é simples e conta-se muito rapidamente. Jantar da Revista de vinhos no Campo Pequeno (10/02/2012). Na minha mesa, enólogos e produtores fora do meu ciclo habitual. Conversa agradável. Um vinho no copo. Alguém me pede para descrever o vinho….Ui! … em 5 palavras. Já fui! Gelo. Regelo. Mas… não sou crítico, não sou um bom enófilo, nem sequer gosto de escrever notas de prova (só o faço obrigado) . 5 adjectivos?

Parafraseando a raposa Swiper, “Oooora Bolas!”
Saíram autênticas pérolas, mas “isso agora não interessa nada” (muito parafraseador, hoje!)
Fiquei a pensar. Os bloguetas, juntamente com os bloggers que fazem da nota de prova o seu estandarte, não ganhariam em condensar a coisa a 5 adjectivos? A malta era homem para ler e agradecer no fim.
Para quem não abdica de se armar em João Paulo Martins, pode incluir no final do texto, este tipo de avaliação em palavras-chave. Depois coloca também nas tags…. E pronto.
Quero escolher um vinho frutado? Deixa lá ver o que o blogueta X recomenda?
Pensai nisso!

Comentários

ricardo disse…
Só 5?
Vou experimentar num dos próximos artigos.
Rodolfo Tristão disse…
posso ajudar?
Por exemplo definir o vinho tenho em conta uma realidade. Realidade onde o bebia.
Exemplo: Vinho branco da casta Arinto
"Vinho de esplanada ou praia a disfrutar o mar"
Vinho tinto
"Vinho para se beber à Lareira"..
Concordas?
Abraço
Rodolfo Tristão
Unknown disse…
Ando a tentar reduzir a nota de prova em termos dos descritivos dos vinho. E mesmo essa prefiro fazer no Adegga.com

No blog acho muito mais útil descrever sensações, ideias e emoções que o vinhos nos desperta. E aí 5 adjectivos deixa de fazer sentido.
Hugo Mendes disse…
Ricardo,
Vale, quanto mais não seja pelo exercício.
Hugo Mendes disse…
Rodolfo,
Obrigado pelo comentário. Não era bem isso que estava a propor, era mais:
Encorpado, frutado, profundo, persistente e goloso., por exemplo.
Descritivo qb para arrumar na cabeça. Contudo, todos os exercícios são válidos.
Muitas vezes uma nota de prova não é entendida por todos da mesma maneira. Apregoam os bloggers que a sua vantagem é serem lidos pelo mundo todo. Ora, se os nossos termos não encontram igual lá fora (e no vinho isso é muito comum), então, de que serve a nota de prova?
Mas, atenção, este post é uma reflexão, uma proposta, nunca uma posição. Que ninguém a tome enquanto tal.
Abraço
Hugo Mendes disse…
Diogo,
Se fazes uma história à volta do consumo daquele vinho, é uma coisa, se fazes uma mera nota de prova é outra e, na minha apreciação enquanto leitor, cai no que expliquei em cima na resposta ao Rodolfo.
Mas é a minha opinião, vai na volta e até serei o único cidadão a não ter a menor atracão por notas de prova.
Este comentário foi removido pelo autor.
Janeiro disse…
Se retirarmos toda a componente descritiva de sensações (como diz o Diogo) não ficaremos reduzidos a isso?
Hugo Mendes disse…
Não creio. podes adjectivar emoções.
a dificuldade será sempre classificar palha! Não?
momenta disse…
A descrição em 5 objectivos pode ser muito interessante para os mais familiarizados com a gíria: rubi, frutado, encorpado, redondo e persistente dará uma ideia bem razoável a alguns. O posicionamento do blogger fará toda a diferença. Se for um blog de enófilo para enófilos será relativamente pacífico; se for de enófilo para massas, o desafio é o inverso, ou seja, traduzir em linguagem corrente os chavões da degustação de vinhos.

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