Topos de gama em meias garrafa! Está bonito!


Há dias tive um choque do qual ainda não consegui recuperar.
Entrei num pequeno restaurante de bairro (mas de qualidade média) e à vista saltou-me um perfilada de meias garrafas (375 ml). O primeiro impacto não foi de uma repulsa maior do que nas demais ocasiões em que este volume me passa à frente dos olhos.

Um olhar mais atento levou-me o queixo ao chão. Perdi a noção do que fazia ali. Na minha mente apenas uma pergunta. Será real?
Sai do transe e quando dei por mim, percebi que a questão não tinha permanecido somente na minha mente.
O meu interlocutor, respondeu-me em triunfo que sim, eram garrafas reais, que muita gente ainda as desconhecia e confirmou os meus receios, eram TOPOS DE GAMA de algumas das mais prestigiadas casas Portuguesas.

Sinceramente, nem ouvi os seus argumentos a favor desta pérola do armazenamento e engrandecimento de vinho. Não quero saber. Sou fundamentalista. Abomino as meias garrafas. Acho que não adicionam nada de bom ao vinho, excepto uma efémera noção de que são mais vendáveis nos restaurantes.
Tolero, quando estamos a falar de entradas de gama e vinhos para consumir num espaço curto de tempo. Agora... TOPOS DE GAMA?
Sério?

Revolvem-me as entranhas pensar que se andaram/andam a gastar milhares em campanhas de promoção de consumo de vinho a copo e depois, os produtores (que são os... ou dos... mais interessados) são os primeiros a roer a corda.

Já os imagino galantes a afirmar que sabiam e que até avisaram, que as estratégias em favor do consumo a copo estavam erradas e talhadas para o fracasso.  

Sabe bem ver toda a gente a remar para o mesmo lado! 
Vão para o diabo pá! Mais valia terem-nos postos em BiB. Ao menos aí, sempre marcavam uma posição contra a hegemonia do vidro.

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