Estava bem e não sabia...


E de repente, aquela que se adivinhava a melhor escolha para este projecto está a ameaçar transformar-se no pior pesadelo de sempre.

Um dos pontos fulcrais de um negócio como o meu é, será sempre, uma boa parceria com uma empresa de transportes que consiga fazer as entregas a tempo e horas, sem problemas... sem QUEBRAS. A vantagem maior que vi nos CTT expresso foi a de ser uma operadora que ofereceria serviços mais confortáveis para o meu cliente. Somando a isso um atendimento de apoio a empresas que me permite saber a quem recolher quando há problemas fazia crer que estaria na solução de sonho. Seria a solução perfeita...
...Só que não está a ser!

Trabalhei 3 anos com uma transportadora "industrial" (Torrestir) que tinha taxas de quebra inferiores a 1%, usando as minhas caixas. Nos CTT já ultrapassei largamente os 20% e ainda não comecei os envios em massa (não sinto segurança para isso). Depois... como não uso as caixas deles (entrego cerca de 3000 garrafas/ano e não quero imputar esses custos absurdos ao cliente), não têm responsabilidade nas quebras.
Pior é que o problema está identificado, não é nos trânsito mas sim nos centros logísticos, mas parece não haver vontade de resolução.
Nos prazos de entrega a coisa não melhora lá muito... não interessa se escolho um plano de entrega para o dia seguinte ou para a semana que vem... eles entregam quando quiserem... ora essa... e se partirem... já aconteceu entregarem o que resta na mesma... mas sem aviso de que um problema tinha ocorrido. Ainda hoje, tive de ligar para a assistência para me dizerem que uma encomenda que deveria ter sido entregue na quarta (dia seguinte) não o foi por estar partida.
Na ultima factura, com um valor a rondar os 120€, 50€ correspondem a quebras ou repetições de entregas decorrentes de quebra. 
Tudo isto em apenas 2 meses de parceria. É obra!

Acabarei por ter de procurar outro parceiro já que este parece mais interessado na venda de caixas do que na qualidade do transporte em si. As respostas que tenho recebido não são de quem está preocupado em resolver um problema que limita todo um sector de poder usar os seus serviços, mais quando o sentido do mercado vai nesse sentido. Tenho pena, pois nenhum outro me pareceu [em tese] tão confortável para o meu cliente como este prometia ser. Isso também me irrita.

Ao que parece, e até prova em contrário, os Ctt expresso não são solução de parceria para negócios ligados ao transporte de vinho. É uma pena, mas deixo o aviso para que os meus colegas produtores não caiam numa situação [desesperante] igual aquela em que me encontro.

É caso para afirmar... "estava bem e não sabia"!



Comentários

Anónimo disse…
Recebo vinhos de vários produtores, enquanto consumidor particular, desde os mais consagrados aos mais anónimos e todos eles são unânimes em excluir os CTT Expresso. Não lhes oferece confiança.
Em relação aos queijos, a mesmíssima relutância em trabalhar com os CTT Expresso.
Certa vez, sugeri mesmo a uma casa conceituada de produção de Vinhos, que concedessem alternativa ao consumidor final no tocante à transportadora "oficial", de modo a ele poder escolher uma alternativa aos CTT Expresso, mesmo pagando o que fosse necessário.
Recebi algumas chamadas de transportadoras, tipo "oh chefe, tenho aqui uma caixa para lhe entregar, mas isto deve estar tudo em cacos, pois a embalagem está molhada e só se ouvem vidros a chocalhar.

Pode ter acontecido ser só comigo, mas depois, através de troca de impressões com outras pessoas, concluí não ter sido só eu o azarado.

As pessoas deviam trocar impressões antes de se decidirem.
Quando algumas transportadoras começarem a notar quebras significativas na requisição dos serviços, talvez abram a pestana.

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