Bordéus - Post III

Cuba de cimento em forma de ovo para os adeptos da biodinâmica
Parte I ( A Cidade); Parte II (Visita a produtores)

A Feira
A Vinitech, feira dedicada à exposição de equipamentos e serviços para a vitivinicultura (entre outras), foi a razão da minha ida a Bordéus. Há muito que ponderava a ideia de a visitar, mas, sabem como é, a guita não estica e nem sempre podemos pôr gastos profissionais à frente de gastos familiares. Desta vez, quis a sorte que tudo se concretizasse. E ainda bem.
Este evento ocorre a cada dois anos (nos pares) e alterna com a Vinexpo, esta (nos ímpares  dedicada ao vinho propriamente dito.

A Dimensão daquilo é um pouco fora do que estamos acostumados em Portugal, e olhem que eu sou de Santarém e ainda tenho uma bela memória das Feiras Nacionais da Agricultura (que para o resto do país se chama Feira de Santarém) do antigamente. Não irei descrever, porque não dá. Encontramos ali de tudo. Se existe, há  uma grande probabilidade de estar exposto.
No que respeita às inovações, também encontramos tudo o que  é novidade e excentricidade.
Uma feira bem curiosa para quem só pretende informar-se do que se passa ao nível técnico, mas também uma bela fonte de contactos para quem procura soluções. Para além disso é um excelente agitador e catalisador de ideias.
Eu fui lá dois dias, mas acredito que, quem queira dar uma "voltinha", ver tudo e levar listado tudo o que pretende ver em especial, consegue, num longo dia, fazer tudo o que tem para fazer. A feira está aberta o dia todo.
Pessoalmente gostei de lá ir, penso que é imperdível para quem está no negócio e ainda mais se é Português. Explico porquê.
Sendo nós um pais de pequenos produtores, temos alguma dificuldade em encontrar equipamento adequado a explorações de produção inferior a 100 000 garrafas. Os representantes das marcas, vá-se lá saber porquê só estão interessados em vender equipamentos grandes (há uma oportunidade de negócio clara aqui!) e é quase impossível encontrar soluções rentáveis.
Procurava equipamento para rolhar e museletar espumante. Os orçamentos que tínhamos oscilavam entre os 6000 e os 8000€. O mais pequeno era muito grande para a dimensão da Quinta da Murta. Consegui (estamos em negociações) um equipamento que satisfaz todas as nossas necessidades por pouco mais de 2500€. Impossível de conseguir se não tivesse ido lá. 
Estão a ver o que quero dizer? A viagem paga-se no que se poupa. 
Se tudo correr bem, vemo-nos lá daqui a dois anos!

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